José Roberto Bassul

  • Categoria do post:FestFoto 2022
  • Tempo de leitura:3 minutos de leitura

O Sol só vem depois



“O sol só vem depois” é o refrão de um rap do Emicida que expõe as injustiças do mundo sem se desfazer da poesia. Feita durante a pandemia, esta série também adota um tom de desencanto. Imagens de elementos urbanos abordam as circunstâncias passadas ou permanentes nas quais enfrentamos, individual ou coletivamente, perdas, derrotas, frustrações, desilusões, medos. Praças e parques desertos, quadras de esporte sem uso, ruas vazias, caminhos escuros, moradas demolidas são signos de abandono que evocam sonhos perdidos. No entanto, permeadas por certo lirismo, por réstias de luz, as imagens sugerem também um terrário de esperança. Como se ainda houvesse semente no que parece fenecer. Como se as noites soubessem que o sol só vem depois…

José Roberto Bassul (Brasil)

Bassul nasceu no Rio de Janeiro e mora em Brasília. Licenciado em Arquitectura, define a sua fotografia como “uma tentativa de desenhar pensamentos, de projectar desejos, de construir espaços para a imaginação”. Recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais, entre eles o 1º lugar no 10th Prix Photo AF 2021, o Latin America Prize no FotoRio 2020, Book Photographer of the Year no Moscow Int’l Foto Awards – MIFA 2020, e 1º lugar no Int’l Photography Awards – IPA em 2018 e 2021. Publicado em revistas especializadas no Brasil, França, EUA, Inglaterra, México, Argentina, Itália e Espanha, seus trabalhos têm sido frequentemente exibidos em festivais, galerias e museus, em cinco mostras individuais e dezenas de exposições coletivas no Brasil e no exterior. Publicou os fotolivros Concretist Cityscape (2018) e On Barely Nothing (2020). Representado por galerias de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, possui obras em importantes coleções particulares, e nos acervos do Museu Nacional da República (Brasília), do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM (Joaquim Paiva Coleção), o Museu de Arte do Rio de Janeiro – MAR, a Coleção de Fotografia Diário Contemporâneo (Belém) e o Museu da Fotografia (Fortaleza).

#Acessibilidade A Fundação Iberê conta com uma estrutura que permite o acesso de pessoas com diferentes condições e necessidades. A Instituição possui piso tátil, rampas, elevadores, banheiros adaptados, maquete da Instituição e audioguia da arquitetura para o público não vidente, que garantem o amplo acesso aos espaços.

O FestFoto – Edição 2022 é realizado através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Itaú, realização da Fundação Iberê e co-realização da Brasil Imagem Produção Cultural.